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Hospital abre 30 leitos pediátricos após morte de 3 crianças por falta de vagas em MT | Mato Grosso

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O Hospital Regional de Sinop, ao norte do estado, abriu 30 leitos pediátricos, nesse domingo (20), após a morte de três crianças por falta de vaga. Há cerca de um mês, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) determinou a abertura de mais leitos na unidade hospitalar.

Ao todo, foram disponibilizados 10 leitos UTI, 15 leitos em Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) e cinco leitos de retaguarda infantil.

Dos 10 leitos de UTI, um está ocupado com um paciente regulado de Cuiabá. Os 15 leitos de UCI estão vagos e aguardam a regulação de pacientes. Já os outros cinco leitos de enfermaria pediátrica funcionam como retaguarda interna para o serviço do hospital.

O Hospital Regional atua como referência estadual para procedimentos cirúrgicos e exames de grande complexidade.

A unidade hospitalar conta com 129 leitos totais e atende nas especialidades de anestesiologia, cardiologia, cirurgia geral, clínica médica, endoscopia, medicina intensiva adulto e pediátrico, infectologia, nefrologia, neurocirurgia, neurologia, ortopedia, traumatologia, radiologia, urologia e cirurgia vascular.

Decisão judicial

 

Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) determinou abertura de leitos há cerca de um mês — Foto: TCE-MT/Divulgação
Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) determinou abertura de leitos há cerca de um mês — Foto: TCE-MT/Divulgação

Em julho, o conselheiro Antônio Joaquim, do TCE, determinou que fosse retomado o mais rápido possível o processo de licitação para que novas vagas fossem abertas no hospital. Na decisão, o conselheiro dizia para instalar 30 leitos pediátricos, sendo 10 leitos de UTI.

Em março, o contrato com a empresa que abriria esses leitos na unidade foi rescindido. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Ses-MT), a empresa não teria cumprido com os requesitos contratuais.

Já a empresa disse que apresentou todos os documentos previstos no edital e no contrato dentro do prazo estipulado, mas que não foram aceitos por excesso de formalismo.

Mortes

 

Em março, outras duas crianças também morreram por falta de UTI pediátrica. Uma menina de 2 anos morreu no dia 18. Ela estava em estado grave e aguardava por uma vaga, mas depois de esperar por uma hora até encontrarem um leito disponível, acabou não resistindo.

Outra criança, Manuella Tecchio, de 3 anos, morreu no dia 8 de março após receber atendimento em uma UPA, em Sinop. Ela foi liberada para casa depois de passar por alguns exames, segundo a família, mas houve uma piora no quadro de saúde e ela retornou para a UPA, mas não resistiu. A criança apresentava sintomas gripais, como tosse.

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